Determinada e confiante, Marilia de Andrade saltou muitos obstáculos ao longo da vida. Após enfrentar trágicas perdas que lhe deixaram marcas no corpo e na alma, construiu uma extensa família: tem três filhas, uma enteada e sete netas. Está cercada de um mulherio.
Em seu percurso profissional inusitado, entrelaçou Pesquisa e Arte. A dança preencheu sua vida por 54 anos; coreografou vários espetáculos apresentados com sucesso no Brasil e no exterior.
Sua carreira acadêmica começou quando se formou em Psicologia e obteve os títulos de M.A. e Ph.D. na Columbia University (NY). Prosseguiu como Psicóloga Social, pesquisando Cultura e Gênero. Publicou vários trabalhos científicos e dirigiu três filmes premiados sobre estereótipos nos papéis sexuais.
Com sólida experiência como pesquisadora e artista, Marilia foi convidada pela UNICAMP para colaborar na implantação do Instituto de Artes e criar o Curso de Graduação em Dança. Na Universidade, atuou como professora até 2015.
É a principal herdeira e curadora da obra do escritor Oswald de Andrade. Atualmente, se dedica a organização e publicação de seu acervo pessoal e de seu pai.
O irmão, Paulo Marcos, nasce em 28 de abril, fruto também do casamento com Maria Antonieta d’Alkmin.
Marilia inicia seus estudos de dança com Carmen Brandão.
Ingressa no Instituto de Educação Caetano de Campos, onde concluiu o ensino fundamental em 60. Estuda dança clássica com Maria Olenewa.
Passa a dançar com o grupo Amigos da Dança, dirigido por Marika Gidali.
Participa do espetáculo “Além do Muro”, dirigido por Renée Gumiel.
Com bolsa de estudos da American Field Services (AFS), faz intercâmbio de um ano em New Jersey, graduando-se na James Caldwell High School.
Continua seu aperfeiçoamento em dança clássica com Alexis Dolinoff.
Ingressa no Curso de Psicologia da USP.
Casa-se, aos 19 anos, com Paulo Sergio Graciano, filho do pintor Clovis Graciano.
Muda-se para o Rio de Janeiro, onde conclui o curso de Psicologia na PUC-Rio.
Morre o irmão, Paulo Marcos, em acidente de carro, no dia 1º de maio.
Maria Antonieta suicida-se após severa depressão, em 13 de janeiro.
Em 16 de julho, nasce sua primeira filha, Mariana.
Recebe, na Columbia University, o título de Ph.D..
Em 29 de agosto, nasce a terceira filha, Cristiana.
Volta a dançar com o Ballet Stagium e participa da montagem de “Kuarup”, integrando o grupo que dançou para os índios no Parque Nacional do Xingu.
Divorcia-se de Paulo Sergio Graciano.
Participa da montagem de “Isadora, Ventos e Vagas”.
Roteiriza e dirige o documentário “É menino ou menina?”.
Leciona Metodologia de Pesquisa, na PUC - Campinas.
Passa a viver no Sítio Santa Rita, em Joaquim Egídio – Campinas, com o companheiro Antonio Arantes e as filhas.
Funda a ACAMDA, Associação Campineira de Dança, e produz inúmeras atividades de dança popular brasileira em espaços públicos da cidade de Campinas.
Estuda dança com Klauss Vianna.
Com Silvia Lane, cria a ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social). Depois do I Congresso de Psicologia Social, se dedica exclusivamente à dança.
Convidada a trabalhar no Departamento de Música, implanta o Laboratório UNICAMP de Movimento e Expressão – LUME, que se tornou o Laboratório de Dança da UNICAMP.
Cria o grupo de dança-teatro Artenativa com o espetáculo “Pé ante pé”.
Roteiriza e dirige o curta-metragem “Balzaquianas”.
Roteiriza e dirige o curta-metragem “Terceira Idade”.
Cria “A História do Soldado”, adaptação da peça musical de Stravinsky.
Apresenta duas coreografias em Nova York, no festival produzido por Kay Bardsley, diretora do Isadora Duncan International Institute.
É elogiada por Don McDounagh, crítico do New York Times.
Coreografa e dirige “Sarará”, inspirado na cultura brasileira e na mistura de linguagens, para a formatura da primeira turma do Curso de Dança.
Cria “Danças de Isadora I” com Jeanne Bresciani e o pianista William Schwartz, artistas convidados do DACO.
Atua como pesquisadora convidada no Laban Centre de Londres, criando o espetáculo solo “Danças de Isadora II”, apresentado também na Alemanha, na Grécia e no Brasil.
Estagia com Pina Bausch em Wuppertal.
Coreografa e dirige o espetáculo “RG: Alices”, com os formandos do Curso de Graduação do DACO.
Participa da Primeira Assembleia da Aliança Mundial da Dança (WDA), sendo nomeada copresidente do Comitê Acadêmico e de Pesquisa, com Selma Jean Cohen.
Apresenta conferência e workshop sobre Isadora Duncan na Universidade de Bologna, a convite da professora Eugenia Cassini Ropa.
Torna-se Professora Titular da UNICAMP.
Cria o Estúdio XXI, espaço no Sítio Santa Rita, onde produz e coreografa o espetáculo “Sobre a Água”.
Funda, com Antonio Arantes, a empresa Andrade e Arantes de Consultoria e Projetos Culturais.
Continua a pesquisa sobre Metodologia de Preparação do Intérprete da Dança.
Cria “Villa em Movimento”, apresentado em Paris, no Ano do Brasil na França.
Dirige uma nova adaptação de “Danças de Isadora III”, com alunas do Curso de Dança da UNIVERCIDADE e participação da atriz Júlia Rabello.
Torna-se curadora da obra de seu pai, o escritor Oswald de Andrade.
Trabalha na organização do extenso acervo pessoal e profissional.